Há quase trezentos anos, aventureiros e exploradores movidos pelo sonho de riqueza fácil chegaram aos bandos neste povoado do interior de Minas Gerais. O ouro, que era farto, atraiu muita gente a esta região. A história do lugar ainda causa polêmica: alguns já disseram que Lavras Novas era um quilombo, talvez pelo fato da grande maioria dos nativos serem negros. Mas não há nada confirmado sobre o assunto, o que não impede que algumas casas, cavernas e matas tenham sido usadas como esconderijo de escravos fugidos, como afirmam alguns pesquisadores. Os moradores, alguns exímios contadores de "causos", teimam em confirmar esta teoria.
Conservando grande parte das características originais, o povoado não mudou muito em todo
esse tempo: as casinhas coloridas em estilo colonial formam um bonito cenário ao redor da igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, que fica no meio do povoado. A igreja foi erguida em 1762 e tem construção simples, mas que chama atenção pelos detalhes em pedra sabão em sua fachada. No dia 16 de agosto, acontece a festa do Divino e de Nossa Senhora dos Prazeres, e as danças folclóricas, comidas típicas e os rituais enchem o lugar de cores e sons.
Falcão, a do Castelinho e a dos Três Pingos. O aspecto montanhoso da região atrai praticantes de rappel, trekking, ciclismo e trail. Os caminhos, riachos e paredões são encarados com muito bom humor e animação pelos esportistas. Enfim, Lavras Novas é seu canto. Seja para descansar, ouvir o barulho dos pássaros e das cachoeiras, seja para curtir uma noite animadíssima com os amigos ou para se aventurar atravessando riachos e escalando paredões de pedra.
um guia local. As atrações são mal sinalizadas e algumas oferecem perigo, como a cachoeira do Rapel. Com mais de 200 metros de queda - contando todos os seus degraus - não é recomendada para turistas inexperientes. Mesmo assim é possível chegar perto da queda, passando por outra atração: os pocinhos. São ideais para um refrescante banho.A mais bela cachoeira, cabeçeira da represa, leva o nome da Padroeira do local, Nossa Senhora dos Prazeres. O acesso é demorado, o carro vai até certo ponto. Depois são mais ou menos quarenta minutos de caminhada. Contudo o sacrifício é recompensado pela força da queda. Uma chuva fina, formada pelo bater ruidoso das águas, refresca o cansaço
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